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"Clima de tensão, insegurança e perseguição contra os povos indígenas do Brasil só aumenta", diz Sonia Guajajara |
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, decidiu enviar a Força Nacional para o Maranhão a fim de evitar novos ataques contra a terra indígena do povo Guajajara.
A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (9), dois dias depois de um
atentado deixar dois índios mortos e outros indígenas feridos a tiros
na comunidade dos Guajajara.
"A Polícia Federal vai investigar o assassinato dos indígenas
Guajajaras. Autorizei ainda o envio da Força Nacional de Segurança
Pública da SENASP/MJSP para a região, a fim de evitar qualquer novo
incidente criminoso", declarou o ministro Sergio Moro no Twitter.
Moro avaliava o envio da Força Nacional para o Maranhão desde o
sábado (7), quando os indígenas Firmino Prexede Guajajara e Raimundo
Guajajara foram assassinados a tiros por ocupantes de um veículo quando
voltavam de uma reunião em que discutiam a defesa dos moradores da
região. Outros quatro índios também foram feridos pelas balas.
Neste mesmo dia, portanto, a Polícia Federal abriu um inquérito para
apurar as circunstâncias do crime. A Funai também foi à aldeia
Guajajara no sábado (7) para tomar providências junto com as autoridades
do governo do Maranhão, segundo Moro.
"Até o momento, não foram encontrados indícios de vínculos entre os
crimes e atritos entre indígenas e madeireiros, tampouco com as mortes
do índio Paulo Paulino Guajajara e do caçador Márcio Gleyck Moreira
Pereira", informou a PF, que promete concluir essa investigação nos
próximos dias.
A líder indígena Sonia Guajajara,
por sua vez, responsabilizou o presidente Jair Bolsonaro pelo
assassinato a tiros de dois homens de sua comunidade. “Esses crimes não
são casos isolados, são reflexo do ódio que vem sendo disseminado pela
autoridade máxima do país contra nós, povos indígenas. O presidente
deveria cumprir a Constituição Federal e garantir a proteção às nossas
vidas e ao meio ambiente. Infelizmente o que vemos é o contrário, um
comportamento que não condiz com o de um presidente. Exigimos justiça.
esses crimes não podem continuar impunes”, disse Sonia.
Fonte:Congresso Em Foco
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