Bolsonaro diz que Flávio Dino está dificultando acordo com EUA para uso da Base de Alcântara



O presidente Jair Bolsonaro admitiu em sua live pelo Facebook da última quinta-feira (15) que o acordo para cessão da Base de Lançamento de Alcântara (CLA) aos Estados Unidos pode enfrentar dificuldades e culpa o governador Flávio Dino (PCdoB) pelos embaraços. Bolsonaro chegou a pedir ao senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Congresso Nacional, que pense na possibilidade de um empreendimento como este em seu estado, caso fracassem os esforços de viabilização do CLA.

O presidente fez um ligeiro histórico desse centro e destacou o acordo feito com a Ucrânia, que não resultou em nada, e disse que a exploração pelos Estados Unidos seria a grande oportunidade de colocá-lo finalmente em operação e trazer divisas para o Brasil e em especial para o Maranhão.

Sem especificar quais embaraços, Jair Bolsonaro diz que, infelizmente, o projeto vem enfrentando muitas dificuldades e lamentou que o governador do Maranhão, só porque segue uma ideologia política diferente da sua, esteja trabalhando para inviabilizar o acordo. Para ele, esse tipo de comportamento é lamentável, pois não prejudica seu governo, mas o Brasil, principalmente o Maranhão, que iria ter a oportunidade de receber investimentos de ponta.

Uma das principais resistências de políticos da oposição diz respeito às comunidades quilombolas, que podem ter liberdade restringida para se movimentar na área com sua transformação em espaço de segurança.
Na semana passada, o projeto do acordo deixou de ser votado na Comissão de Relações Exteriores da Câmara Federal numa manobra de parlamentares do PT, PSol, PDT e PCdoB, que pediram vista, só para retardar a apreciação. A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) explicou ser favorável à exploração comercial da base, mas disse ter dúvidas quanto aos termos do acordo.

O objetivo do adiamento foi impor uma derrota ao presidente da Comissão, Eduardo Bolsonaro (PSL), que é candidato a embaixador do Brasil nos EUA, como deixou bem claro o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), para quem Bolsonaro gostaria de chegar a Washington com  “o acordo debaixo do braço, mas não temos essa pressa”.

Ao lamentar as dificuldades para acelerar o acordo, Bolsonaro disse para o presidente do Congresso pensar numa alternativa, caso esta não dê certo e lembrou que o Amapá também tem uma posição geográfica estratégica para esse tipi de lançamento, dada sua proximidade com a Linha do Equador. Certamente, disse o presidente, o Amapá iria ganhar muito com aquilo que o Maranhão está desprezando.

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