O Brasil tem 5.570
municípios, dos quais apenas 49 tem mais de 500 mil habitantes, segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) A área do Alto Turi e
Gurupi abrange uma área de 27.777 km², onde estão localizados 18 municípios
maranhenses: Amapá do Maranhão, Araguanã, Boa Vista do Gurupi, Cândido Mendes,
Carutapera, Centro do Guilherme, Centro Novo do Maranhão, Godofredo Viana,
Governador Newton Bello, Governador Nunes Freire, Junco do Maranhão, Luís
Domingues, Maracaçumé, Maranhãozinho, Nova Olinda do Maranhão, Presidente
Médici, Santa Luzia do Paruá e Zé Doca. A população total do território é de
mais de 258,5 mil habitantes, dos quais 98,4 mil vivem na área rural, o que
corresponde a 38,06% do total.
Em 15 de novembro, será realizado o primeiro turno das eleições que irão escolher um novo prefeito ou prefeita nessas cidades.
A
região do Alto Turi tem problemas próprios como qualquer outra região e
soluções que levam em conta o contexto local de alguns municípios. Porém, é
possível identificar alguns gargalos comuns a grande parte das cidades brasileiras.
Um
mês antes do primeiro turno, o Blog Nova Olinda Agora listará os grandes
desafios que os políticos terão de encarar a partir de 1º de
janeiro de 2021, quando assumirem o cargo no executivo e no legislativo na
região do Alto Turi.
Entre
esses pontos, estão a queda de arrecadação de impostos depois da pandemia de
Covid-19, a demanda reprimida no serviço de saúde por causa da quarentena e o
serviço de água e esgoto nos munícipios.
Queda de arrecadação após a pandemia
Um dos grandes desafios para o próximo gestor ou gestora nestas cidades será
lidar com uma possível queda na arrecadação de impostos após a pandemia de
Covid-19.
Com a diminuição da atividade econômica e o aumento do
desemprego, a tendência é que municípios do Alto Turi arrecadem menos e, assim,
tenham recursos escassos para investir em setores importantes, como educação,
saúde e mobilidade.
No geral, a arrecadação das cidades maranhenses se divide entre
recursos próprios, como IPTU e ISS, repasses dos governos federal, com o Fundo
de Participação dos Municípios (FPM) no caso de muitas cidades da região, e
verbas oriundas dos governos estaduais, como uma participação no bolo do ICMS.
Teremos um cenário muito mais
difícil do que já era, com uma demanda reprimida que será gigantesca.
A pandemia gerou quatro
principais consequências com as quais os prefeitos maranhenses terão que lidar
nos próximos anos.
A primeira é o aumento na demanda
por exames e consultas por pessoas que adiaram esses procedimentos em 2020 por
causa da pandemia. A espera para esses procedimentos com especialistas já era
longa antes da pandemia — em cidades da região, por exemplo, as filas para marcar
exames são enormes. Em alguns municípios da região do Alto Turi, o
pedido de mamografia podia levar até dez meses para ser atendido.
A falta de prevenção leva ao
segundo problema causado pela demanda reprimida, o aumento das doenças e
problemas crônicos de saúde.
Aparecerá gente que estava com câncer e não
sabia, porque não conseguiu fazer os exames, irá aparecer os hipertensos e
diabéticos; e diversas pessoas cujas doenças se agravaram como consequência do
não atendimento neste ano.
A terceira consequência é que o
empobrecimento gerado pela crise econômica aumenta a pressão sobre o SUS, já
que um grande número de pessoas que tinham planos de saúde e eram atendidas na
rede privada agora terão de buscar o sistema público.
88% dos maranhenses não possui
serviço de água e esgoto em suas casas e quase metade não tem acesso a água
segundo o instituto Trata Brasil.
A
realidade essa que em algumas cidades do Alto Turi nem sequer possuem saneamento
básico ou redes coletoras e estações de tratamento de água e esgoto assim
fazendo com que grande parte da população sofra com a falta de água em grande
parte dos domicílios e principalmente com a proliferação de doenças ocasionadas
pela má qualidade da água
Em
Contrapartida a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA) informou
que de 2015 a 2018 já investiu 170 milhões de reais na melhoria do saneamento
básico, com implantação de redes coletoras, estações elevatórias e de
tratamento de esgoto.
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