Eleições 2020: Os desafios que os novos prefeitos da região do Alto Turi terão de enfrentar em 2021

O Brasil tem 5.570 municípios, dos quais apenas 49 tem mais de 500 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) A área do Alto Turi e Gurupi abrange uma área de 27.777 km², onde estão localizados 18 municípios maranhenses: Amapá do Maranhão, Araguanã, Boa Vista do Gurupi, Cândido Mendes, Carutapera, Centro do Guilherme, Centro Novo do Maranhão, Godofredo Viana, Governador Newton Bello, Governador Nunes Freire, Junco do Maranhão, Luís Domingues, Maracaçumé, Maranhãozinho, Nova Olinda do Maranhão, Presidente Médici, Santa Luzia do Paruá e Zé Doca. A população total do território é de mais de 258,5 mil habitantes, dos quais 98,4 mil vivem na área rural, o que corresponde a 38,06% do total.

Em 15 de novembro, será realizado o primeiro turno das eleições que  irão escolher um novo prefeito ou prefeita nessas cidades.

A região do Alto Turi tem problemas próprios como qualquer outra região e soluções que levam em conta o contexto local de alguns municípios. Porém, é possível identificar alguns gargalos comuns a grande parte das cidades brasileiras.

Um mês antes do primeiro turno, o Blog  Nova Olinda Agora listará os grandes desafios  que os políticos terão de encarar a partir de 1º de janeiro de 2021, quando assumirem o cargo no executivo e no legislativo na região do Alto Turi.

Entre esses pontos, estão a queda de arrecadação de impostos depois da pandemia de Covid-19, a demanda reprimida no serviço de saúde por causa da quarentena e o serviço de água e esgoto nos munícipios.

Queda de arrecadação após a pandemia

Um dos grandes desafios para o próximo gestor ou gestora nestas cidades  será lidar com uma possível queda na arrecadação de impostos após a pandemia de Covid-19.

Com a diminuição da atividade econômica e o aumento do desemprego, a tendência é que municípios do Alto Turi arrecadem menos e, assim, tenham recursos escassos para investir em setores importantes, como educação, saúde e mobilidade.

No geral, a arrecadação das cidades maranhenses se divide entre recursos próprios, como IPTU e ISS, repasses dos governos federal, com o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) no caso de muitas cidades da região, e verbas oriundas dos governos estaduais, como uma participação no bolo do ICMS.

 Lidar com a demanda reprimida na saúde

 Além de lidar com os casos de Covid-19 — que sem uma vacina devem continuar aparecendo —, os municípios maranhenses também terão que dar conta de todas as outras questões de saúde que ficaram "na geladeira" durante a quarentena.

Teremos um cenário muito mais difícil do que já era, com uma demanda reprimida que será gigantesca.

A pandemia gerou quatro principais consequências com as quais os prefeitos maranhenses terão que lidar nos próximos anos.

A primeira é o aumento na demanda por exames e consultas por pessoas que adiaram esses procedimentos em 2020 por causa da pandemia. A espera para esses procedimentos com especialistas já era longa antes da pandemia — em cidades da região, por exemplo, as filas para marcar exames são enormes. Em  alguns municípios da região do Alto Turi, o pedido de mamografia podia levar até dez meses para ser atendido.

A falta de prevenção leva ao segundo problema causado pela demanda reprimida, o aumento das doenças e problemas crônicos de saúde.

 Aparecerá gente que estava com câncer e não sabia, porque não conseguiu fazer os exames, irá aparecer os hipertensos e diabéticos; e diversas pessoas cujas doenças se agravaram como consequência do não atendimento neste ano.

A terceira consequência é que o empobrecimento gerado pela crise econômica aumenta a pressão sobre o SUS, já que um grande número de pessoas que tinham planos de saúde e eram atendidas na rede privada agora terão de buscar o sistema público.

 Serviço de água e esgoto precários

88% dos maranhenses não possui serviço de água e esgoto em suas casas e quase metade não tem acesso a água segundo o instituto Trata Brasil.

A realidade essa que em algumas cidades do Alto Turi nem sequer possuem saneamento básico ou redes coletoras e estações de tratamento de água e esgoto assim fazendo com que grande parte da população sofra com a falta de água em grande parte dos domicílios e principalmente com a proliferação de doenças ocasionadas pela má qualidade da água

Em Contrapartida a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA) informou que de 2015 a 2018 já investiu 170 milhões de reais na melhoria do saneamento básico, com implantação de redes coletoras, estações elevatórias e de tratamento de esgoto.


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