Ministro da Saúde espera que pandemia de Covid acabe até março de 2022

Previsão do ministro é que o avanço da vacinação mude o cenário de Covid no Brasil até o fim do primeiro trimestre do ano que vem 


O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a expectativa do governo federal quanto ao controle da crise sanitária de Covid-19 no Brasil é que seja possível decretar o fim do caráter pandêmico da doença no país até o fim do primeiro trimestre do ano que vem, ou seja, até março.

“Os técnicos da Fundação Oswaldo Cruz fizeram uma análise de que era possível que no primeiro trimestre (de 2022) o caráter pandêmico da Covid-19 poderia cessar. Essa é a nossa expectativa. Mas não dá para contar a vitória antes do tempo”, comentou o ministro, na noite desta quarta-feira (6).

Segundo Queiroga, o status da Covid-19 pode mudar de patamar em razão do avanço da vacinação. O ministro reconheceu, contudo, que a aplicação de doses de reforço em idosos a partir de 60 anos e profissionais de saúde ainda em 2021 não estava nos planos do governo, que vai ter de adquirir mais imunizantes neste ano para garantir a cobertura vacinal em 2022.

“Em relação a 2022, temos que providenciar os quantitativos. Como tínhamos um volume de 550 milhões de doses contratadas, havia uma segurança de que teríamos doses suficientes para 2021 e um montante para 2022. Mas não prevíamos que estaríamos nesse momento aplicando uma dose de reforço”, disse.

Queiroga ainda comentou sua esperança de que estudos científicos constatem que a aplicação de apenas meia dose da vacina tenha a mesma eficácia do que uma dose completa, o que otimizaria a utilização dos imunizantes no país.

“Se ficar provado que isso é suficiente, vai ajudar bastante, porque as doses que nós temos seriam multiplicadas por dois. Essa é a expectativa nossa.”

Possíveis mudanças

Caso a Covid-19 perca o caráter pandêmico, Queiroga acredita que seja possível alterar a forma de vacinação contra a doença no país. Segundo ele, eventuais doses de reforço, por exemplo, não precisariam ser aplicadas, nem mesmo em idosos ou profissionais de saúde.

“A Covid-19 a gente está vacinando dentro de uma pandemia. Dentro de uma pandemia, há uma circulação maior do vírus. Então, em um contexto fora da pandemia, eu acredito que a gente não tem uma necessidade de, como neste ano, aplicar uma dose adicional”, opinou.

Outro “benefício” da mudança de status da doença seria a redução nos gastos com ações para controlar a circulação do vírus, destacou o ministro.

“Queremos os recursos para ter políticas públicas eficientes e estamos trabalhando para isso. O ministro (da Economia) Paulo Guedes sempre tem uma interação muito forte conosco, tanto em 2020 quanto em 2021, e nós temos conseguido trabalhar e dar suporte a estados e a municípios. Em relação ao ano de 2022, se nós tivermos já o caráter pandêmico cessado,  vamos continuar trabalhando para ter um orçamento aqui no ministério ajustado às necessidades sanitárias do nosso país.”

R7.COM

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