O estado do Maranhão enfrenta um agravamento preocupante da seca, com 78 municípios já sob condição de seca grave (categoria S2), segundo dados divulgados pelo Núcleo Geoambiental da Universidade Estadual do Maranhão (NuGeo), responsável pela validação do Monitor de Secas.
O cenário crítico é mais intenso na região centro-leste do estado, onde os impactos da estiagem afetam diretamente a produção agrícola, o abastecimento de água e a recarga dos mananciais. De acordo com o NuGeo, o déficit de chuvas registrado no primeiro semestre de 2025 contribuiu fortemente para o agravamento da situação hídrica.
Apesar de as previsões climáticas para o trimestre julho-agosto-setembro (JAS) não indicarem grandes anomalias, o prolongamento do período seco já é suficiente para manter ou até piorar as atuais condições de estiagem.
Medidas urgentes são necessárias
Diante do avanço da seca, o NuGeo destaca a importância de ações imediatas e coordenadas, com foco em:
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Fortalecimento da capacidade de resposta local;
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Apoio à agricultura familiar;
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Monitoramento contínuo de reservatórios e fontes de água;
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Planejamento para o uso racional da água.
Rede de observadores fortalece o monitoramento
O Monitor de Secas integra dados técnicos com observações locais colhidas por uma ampla Rede de Observadores, que inclui Defesas Civis Municipais, AGERP, Corpo de Bombeiros e SENAR. Essa rede é essencial para validar os dados em campo e garantir respostas mais eficazes diante dos efeitos da seca no estado.
O NuGeo atua como ponto focal do Monitor de Secas no Maranhão, reforçando a importância da integração entre ciência, comunidades locais e poder público na gestão de riscos climáticos.
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