Um adolescente indígena Ka’apor, de 15 anos, sofreu queimaduras graves ao enfrentar incêndios criminosos na Terra Indígena (TI) Alto Turiaçu, no noroeste do Maranhão. O jovem, que caiu em um buraco com brasas, foi encaminhado para tratamento no hospital em Zé Doca, a 81 km do local. Os incêndios, que começaram em agosto, já destruíram cerca de 25 mil hectares da floresta, parte da Amazônia Legal maranhense, segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA).
Sem apoio governamental e com equipamentos improvisados, como galões de água e facões, as brigadas indígenas do Conselho Tuxa Ta Pame têm denunciado a origem criminosa dos incêndios, responsabilizando fazendeiros locais. Os incêndios também causaram a morte de animais silvestres e ameaçam os igarapés e a vegetação que sustenta a vida das comunidades indígenas.
As lideranças Ka’apor pedem ajuda do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para conter as chamas, enquanto seguem enfrentando condições desafiadoras para proteger o território que é essencial para sua sobrevivência e continuidade cultural.
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