A rede de proteção social em Nova Olinda do Maranhão tem atendido a uma parcela significativa da população em situação de vulnerabilidade. Dados recentes dos programas sociais federais, posicionados entre fevereiro e março de 2025, mostram o alcance de iniciativas como o Bolsa Família, o Auxílio Gás, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Cadastro Único.
O Bolsa Família, principal programa de transferência de renda do país, contemplou em março 3,5 mil famílias no município, com um repasse médio de R$ 712,54 por família. A maior parte dos recursos se concentra em núcleos familiares com crianças: foram 1,73 mil crianças de 0 a 6 anos beneficiadas com o adicional de R$ 150,00 e 2,88 mil crianças e adolescentes entre 7 e 18 anos incompletos, além de 123 gestantes, com o adicional de R$ 50,00 cada. Um dado que chama atenção é o perfil dos responsáveis pelos lares: 83,11% das famílias atendidas são chefiadas por mulheres, o que reflete tanto a estrutura familiar quanto as desigualdades de gênero ainda presentes.
Já o Auxílio Gás, destinado a mitigar os impactos do custo do gás de cozinha, alcançou 661 famílias em fevereiro. Novamente, a predominância feminina é marcante: 87,59% dessas famílias são chefiadas por mulheres.
O município também conta com 326 beneficiários do BPC, benefício que assegura um salário mínimo mensal a idosos acima de 65 anos ou pessoas com deficiência que comprovem baixa renda. Entre os atendidos, 265 são pessoas com deficiência e 61 são idosos.
Esses programas têm como base o Cadastro Único, instrumento que reúne informações de famílias de baixa renda e possibilita o acesso a diversas políticas públicas. Em Nova Olinda, 12,51 mil pessoas estão cadastradas, distribuídas em 4,79 mil famílias. Esse número representa uma fatia expressiva da população local, o que indica uma forte demanda por assistência social.
Entre janeiro e março de 2025, o município recebeu R$ 75,08 mil do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS), recurso destinado a apoiar ações da política de assistência social.
Embora os dados evidenciem o alcance dos programas federais, os números também revelam um quadro persistente de vulnerabilidade. A alta dependência desses auxílios, a predominância de mulheres como chefes de família e o volume de crianças atendidas mostram que, além dos repasses, são necessárias políticas estruturais que promovam geração de renda, acesso a serviços públicos de qualidade e autonomia para as famílias beneficiadas.
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