Polícia Civil do Maranhão realiza manifestação e ameaça greve diante do menor efetivo do Brasil e 8 anos sem reajuste salarial



Com um contingente reduzido, sendo o menor do país, e sem receber reajuste salarial há oito anos, a Polícia Civil do Maranhão está realizando uma manifestação que pode evoluir para uma greve.

De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis do Maranhão (Sinpol), a polícia investigativa do estado está enfrentando diversos problemas que afetam o desempenho de suas funções. A falta de estrutura nas delegacias e a ausência de reajuste salarial nos últimos oito anos levaram a categoria a apresentar uma proposta de reestruturação ao governo estadual em janeiro deste ano, buscando melhorias nas condições de remuneração.

A escassez de efetivo também é uma grande preocupação. Segundo o sindicato, os policiais civis do Maranhão estão sobrecarregados, desempenhando até mesmo funções além de suas atribuições devido à falta de pessoal, uma situação considerada a pior do país pelo sindicato. Além disso, o número de policiais civis atualmente no Maranhão é inferior ao de 2014, o que evidencia uma grave crise na área de Segurança Pública do estado.

Além dessas questões, a categoria está questionando a postura do governo diante das reivindicações. Embora o governador Brandão seja o atual responsável, destaca-se que essa situação é uma herança deixada pelo ex-governador Flávio Dino, que negligenciou a Polícia Civil durante oito anos. Agora, espera-se que o governador atual corrija as injustiças salariais e invista em infraestrutura, incluindo viaturas e prédios adequados.

Diante da falta de avanços nas negociações, o sindicato anunciou uma manifestação da categoria para o dia 7 de julho, às 9h, em São Luís, além de outras 20 delegacias regionais em todo o estado. O objetivo do protesto é conscientizar o governo sobre as demandas da categoria e evitar o que os policiais consideram uma crescente negligência por parte das autoridades.

Caso o governo não ofereça uma resposta satisfatória, medidas mais drásticas podem ser adotadas, incluindo paralisações de advertência de 24 horas e até mesmo uma possível greve.

O presidente do Sinpol, Manoel Santos, afirmou que a categoria não ficará em silêncio como no passado e reiterou que todos estão unidos na luta por seus direitos.

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